“Na década de oitenta, a construção do projeto profissional foi fortalecida pelas lutas democráticas e pela reorganização política dos trabalhadores e dos movimentos sociais organizados. Favorecendo a participação cívica e política dos profissionais, ampliando sua consciência, esse contexto também propicia o confronto teórico e ideológico entre tendências e a luta pela hegemonia entre diferentes projetos societários e profissionais” (BARROCO, 2006, p. 16).Nesse contexto, o III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, conhecido como “Congresso da Virada”, possibilitou um marco significativo para a consolidação de reformulação do Código de Ética Profissional de 1986, constituindo-se como um avanço com relação aos códigos anteriores, pois se apresenta como o primeiro Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais que implica a ruptura com o conservadorismo, sendo introduzindo uma vertente crítica Marxista pautado a orientar a formação e o exercício profissional.Dessa forma, o referente código contribuiu para uma maturidade teórica e política da profissão, portando novos direcionamentos que passam a superar a ética da neutralidade, incorporando o princípio da contradição, como também, estabelece o projeto societário pautado na afirmação do novo perfil profissional: competente, teórico, técnico e politicamente, tendo um compromisso ético-político voltado para os interesses da classe trabalhadora.Considerando que, “o Código de 1986 não foi suficientemente desenvolvido em sua parte operacional e em seus pressupostos teóricos, orientados pelo marxismo. Com o objetivo de ampliá-los, foi feita a reformulação de 1993, em um contexto muito diverso daquele que em 1980 favoreceu a construção do projeto de ruptura profissional” (BARROCO, 2006, p. 17).Após a década de 1990, período marcado pela redução dos direitos sociais que historicamente foram conquistados, sendo configurado no processo de desumanização, com isso o Serviço Social pautado sobre uma reflexão