Código de Ética DE 1986 SERVIÇO SOCIAL
Antes da década de 80, a atuação profissional dos assistentes sociais se caracterizava, sobretudo, por posições reativas e de adaptação passiva à realidade.
A partir dos anos 80, as mudanças ocorridas na profissão foram pautadas na necessidade de conhecer e acompanhar as transformações econômicas, políticas e sociais do mundo contemporâneo e da própria conjuntura do Estado e do Brasil. As duas últimas décadas do século XX foram determinantes nos novos rumos acadêmicos, políticos e profissionais para o Serviço Social. No país, as intensas e crescentes manifestações de expressões da questão social, decorrentes das inúmeras crises econômicas e políticas, exigiram da profissão sua adequação a essas demandas sociais. Esse período marca profundamente no país o desenvolvimento da profissão por meio de um dos seus momentos importantes que é a recusa e a crítica do conservadorismo profissional.
Neste momento a profissão mostra um amadurecimento e adensamento crítico depois de décadas de alienação, patrocinada pelo bloco no poder dominante, consegue superar-se, questionando de forma crítica e propositiva um novo horizonte profissional, articulando a teoria à prática. Ficavam definidas assim as bases sólidas da perspectiva de mudança na profissão, consolidando seu intento: romper com as bases conservadoras da profissão, mas a luta ainda só começaria.
Em 1980 com a aproximação da teoria de Marx e a vigência do Currículo Mínimo, as maiores transformações do Serviço Social se deram com a aprovação do código de ética de 1986.
Concepção do código de ética de 1986.
]
O novo Código de Ética de 1986 rompe com a neutralidade e com o tradicionalismo filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão, é marcado pelo reconhecimento político da profissão, noção de historicidade e de determinação material como categoria fundante do ser social, assim como colocou a objetivação dos sujeitos históricos que possam apreender suas