Células

O livro CANTO DOS PÁSSAROS relata uma significativa lenda árabe. Um vizinho encontrou Nasruddin ajoelhado, procurando afanosamente alguma coisa.

Interrogado,

informou que estava procurando uma chave. O bom vizinho, imediatamente, começou também a procurar.
Depois de uma longa e inútil busca, o vi zinho lhe perguntou novamente: você tem certeza que perdeu aqui a chave? E, surpreendentemente, Nasruddin admitiu: não, não perdi aqui, mas no porão de minha casa, Santo Deus, exclamou o vizinho, se você perdeu a chave no porão, porque a procura aqui na rua?
Nasruddin esclareceu: procuro aqui porque há luz...
Ao longo da vida, há muitas pessoas procurando as coisas em lugares errados, lugares mais cômodos, onde não está o objeto que se procura. Muitos estão à procura da felicidade, à procura da misteriosa chave da felicidade, mas procuram no lugar errado, sob pretexto que neste lugar há mais luz, é mais fácil.
Há muitas pessoas que procuram a felicidade no prazer.

As aparências, Inicialmente,

levam a pessoa a crer que está que está muito perto da felicidade. E depois de uma longa procura, tem de admitir que a chave da felicidade não está ali. Outros a procuram na glória, no prestígio. E ficam sempre de mãos vazias.
Há também um grupo muito grande de pessoas que procuram a felicidade nos bens terrenos. Trabalham, poupam, sacrificam-se e vão amontoando riquezas, cheques, casas, propriedades... E no final de tudo, constataram que a procura foi inútil. Inútil também é a procura das pessoas que imaginam que a felicidade pode ser encontrada na droga, na bebida, no poder. E sempre o mesmo resultado: nada; Tudo é inútil; a chave da felicidade não aparece. É que o procuram no lugar errado, no lugar mais cômodo, no lugar onde ela não está, nem poderia estar.
Resta, então, uma segunda atitude: a de procurá-la onde foi perdida, onde ela realmente está, mesmo que seja um lugar escuro e difícil. Vale a pena!
Mas onde estaria este território