Células tronco
"As células-tronco têm o potencial para curar de mal de Parkinson e esclerose múltipla, a diabetes e doenças cardíacas, passando pelo Alzheimer, e fraturas na medula espinhal, como as que eu tenho", afirmou Reeve, que não perde a oportunidade de falar a favor das pesquisas, em artigo publicado na revista Time. Recentemente, a empresa norte-americana Advanced Cell Technology provocou polêmica em todo o mundo ao anunciar, um tanto precipitadamente, que havia conseguido obter embriões humanos por meio de clonagem – o primeiro passo para a obtenção das tais células-tronco. Voltar a andar.
A experiência da Advanced Cell, que aponta para os novos rumos da pesquisa, só foi possível porque contou com o DNA do médico Judson Somerville, de 40 anos, paraplégico desde 1991. Somerville sonha em voltar a andar com os tecidos que seriam produzidos a partir das células-tronco obtidas dos embriões clonados. Defende a empresa, acusada de transformar uma experiência de sucesso relativo em evento de marketing. Certamente, a desconfiança sobre as intenções dos cientistas não ajuda as pesquisas.
Não é possível colocar as experiências da empresa norte-americana, conhecida internacionalmente por seus estudos de clonagem, no mesmo patamar das tentativas de Antinori e de outros que almejam algo semelhante. Mesmo que o presidente George W. Bush tenha condenado qualquer tipo de experimento de clonagem, sem estabelecer diferenças. Em entrevista recente, o geneticista brasileiro Sérgio Danilo Pena, pioneiro no estudo do genoma humano no país, afirma que não vê muita utilidade na clonagem de bebês. Em todo caso, ele diz que não vê nenhuma objeção à técnica, desde que seja segura e não tenha uma indicação leviana. O que, por enquanto, não parece estar acontecendo.
A maioria dos cientistas, entre eles, o próprio Sérgio Pena, acredita que o aglomerado de células resultante da clonagem para fins terapêuticos não é uma forma de vida. Cientistas que fazem experimentações com