Células tronco e terapia celular
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
TERAPIA CELULAR
DÉBORA RAMOS MARCINICHEN
Joinville (SC), 2011.
INTRODUÇÃO
O princípio da terapia celular é simples: restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a um defeito genético. Para efetivar esta substituição celular, é necessário que se tenha disponível células sadias capazes de comporem o tecido afetado. A ciência está solucionando esta problemática com o uso de células-tronco. Estas células-tronco podem ser classificadas em dois grupos: células-tronco embrionárias e células-tronco do adulto, específicas para cada órgão ou tecido. As embrionárias caracterizam-se pela sua capacidade ampla de originar as demais células do organismo, sendo denominadas pluripotentes. Já as células-tronco do adulto são encontradas na medula óssea vermelha: são células hematopoiéticas, classificadas como multipotentes. Basicamente, a terapia celular baseia-se na coleta de células-tronco, sua manipulação e por fim, sua aplicação no indivíduo doente, de modo a buscar um ‘sítio receptor’ no tecido lesado e lá se multiplicarem, recuperando o tecido e levando à estabilização da doença ou mesmo à cura do paciente. Nasce assim, a ‘medicina regenerativa’.
1. TERAPIA CELULAR
A utilização terapêutica de células-tronco é uma das formas mais promissoras de tratamento de muitas doenças. Uma terapia com células-tronco é um tratamento que usa células-tronco, ou células originárias de células-tronco, para substituir ou reparar células ou tecidos danificados de um paciente. As células-tronco podem ser inseridas no sangue ou transplantadas diretamente para o tecido afetado, ou ainda retiradas do tecido do próprio paciente, a fim de que ocorra a regeneração. (Rede Nacional de Terapia Celular)
Células-tronco hematopoiéticas cultivadas em laboratório