Câncer
A denominação comum de câncer abrange mais de uma centena de enfermidades, já que cada tecido do organismo humano pode desenvolver uma ou mais doenças malignas, as células normais só se dividem quando são instruídas para isso, e seguem uma sequência coordenada de eventos chamada de ciclo celular. As células cancerosas, ao contrário, passam a seguir um programa próprio e desordenado de reprodução. No início do processo, uma célula que já tem alterações em seu material genético (mutações) específicas nesse sentido, herdadas ou ocorridas nela própria, sofre uma nova mutação, por acaso ou por indução de um agente capaz de gerar câncer (oncogênico), o que completa a ação desordenadora do processo de reprodução. Essa mutação complementar dá à célula cancerosa uma capacidade de reprodução superior à de suas irmãs do mesmo tecido, e ela começa a se dividir, desrespeitando as regras de bom funcionamento do tecido. Forma-se, assim, um aglomerado não programado, que cresce a um ritmo superior ao das células normais à sua volta: um tumor. Usualmente isso ocorre décadas antes que esse aglomerado seja clinicamente detectável. Sua transformação em um tumor maligno ocorrerá através do acúmulo de mutações em classes específicas de genes envolvidos na regulação da proliferação celular. Algumas células cancerosas têm a capacidade de se desprender do bloco inicial da doença e migrar para demais tecidos do organismo, gerando assim novos focos que são chamados de metástases.
Carciogênese é o termo utilizado para descrever a cascata de eventos que transformam uma célula normal em câncer, podemos descrever três estágios principais da carciogênese: Iniciação, promoção e progressão (POLLOOCK, 2006).
1º Iniciação - Verificam-se mutações normalmente em células tronco devido exposição à carcinógenos, como compostos químicos, radiações de baixa ou alta intensidade, alguns vírus podem alterar de modo irreversível a composição ou as estruturas básicas que