Câncer
São Paulo
Palavras chave: [câncer] [mortalidade]
Introdução
O câncer cervical é o segundo câncer mais importante entre as mulheres, em termos mundiais. Cerca de 437.000 novos casos são diagnosticados no mundo, a cada ano, sendo o câncer mais importante nos países em desenvolvimento (Parkin e cols., 1993).
Na população feminina brasileira, estima-se que o câncer do colo do útero seja o segundo mais incidente, só sendo superado pelo de mama. Este tipo de câncer representa 15% de todos os tumores malignos em mulheres.
O grupo de alto-risco inclui aquelas pessoas com início da atividade sexual precoce, parceiros sexuais múltiplos, mulheres multíparas, mulheres monogâmicas com maridos com múltiplas parceiras sexuais e história de doença sexualmente transmitida. O câncer cervical está associado com a pobreza e ocorre mais freqüentemente em fumantes que não-fumantes (Tomatis e cols., 1990). A maioria destas associações considera que a doença seja resultante de um agente sexualmente transmitido, podendo os tipos oncogênicos do vírus papiloma humano (HPV) estar implicados como fatores causais
(IARC, 1995).
Esses conhecimentos determinaram o desenvolvimento de vacinas para os vírus oncogênicos do HPV, e algumas delas já estão sendo testadas. Ainda, várias questões sobre a sua eficácia se encontram não resolvidas. Portanto, os programas de rastreamento são ainda a principal medida para o controle do câncer cervical. Apesar do conhecimento cada vez maior nesta área, a medida mais efetiva para o controle do câncer do colo do útero continua sendo os programas de rastreamento, popularmente conhecido como exame de Papanicolaou. Sua realização