Câncer de Pênis
1 INTRODUÇÃO
O problema do câncer no Brasil ganha relevância pelo perfil epidemiológico que essa doença vem apresentando, e, com isso, o tema tem conquistado espaço nas agendas políticas e técnicas de todas as esferas de governo. O conhecimento sobre a situação dessa doença permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma direcionada para a modificação positiva desse cenário na população brasileira. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) destaca-se pelo seu papel estratégico no desenvolvimento de ações nacionais voltadas para a prevenção e o controle do câncer, incluindo, de forma especial, seu compromisso na disseminação de informações que contribuam com o estabelecimento de prioridades para a saúde pública.
O Ministério da Saúde, nos 20 anos do SUS, apresenta uma das prioridades desse governo, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, desenvolvida em parceria entre gestores dos SUS, sociedades científicas,sociedade civil organizada, pesquisadores acadêmicos e agências de cooperação internacional. O desenvolvimento do sistema de vigilância de câncer, para o qual o grande desafio é colocar em prática o uso dessas informações e o conhecimento da realidade do país, a fim de que as necessidades da população sejam priorizadas e atendidas pela política pública de saúde, conforme preconizado, pelo Ministério da Saúde, no Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, 2011-2022.
2 DESENVOLVIMENTO
O Câncer de pênis é um tumor maligno pouco frequente que se desenvolve, em geral, a partir dos 40, 50 anos (Gráfico 1). No Brasil, este câncer representa cerca de 2% de todas as neoplasias que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste, como é o caso do Maranhão (Tabela 1), em que sua incidência supera as ocorrências de câncer de próstata e de bexiga, onde a incidência é maior. Segundo a