câmera na mao guarani no coração
Era uma segunda feira comum, os carros buzinavam loucamente como se aquilo fizesse o transito andar mais rápido. Todos os ônibus estavam lotados, mas havia uma exceção. No ônibus de linha 123, todos os bancos estavam ocupados, mas ninguém estava de pé. Todos os dias aquela mesmas pessoas se viam, era uma rotina, mas Carlos e Alice sempre se sentavam um ao lado do outro, mas nunca trocavam se quer um suspiro. Ele via todo dia que Alice sempre estava com a cabeça baixa e sempre olhava para a foto de um homem alto, moreno de olhos claros, mas ele não entendia ao certo porque uma moça bonita como aquela, de cabelos longos e enrolados, de boca suave como as pétalas de uma rosa, e de rosto com uma beleza surreal estaria chorando por alguém, pois ela era como uma deusa. Naquela segunda-feira ele soube o real motivo de toda aquela melancolia. Ao se levantar para sair do ônibus, que parava bem em frente a sua casa, Alice deixou cair um papel. De primeiro momento, aquele pedaço de folha não tinha sido notado, pois Carlos ficava apreciando aquela beleza surreal de Alice. Quando o ônibus já tinha andado o suficiente ao ponto de Carlos não conseguir mais ver Alice ele se vira para a janela do ônibus e percebe a carta no acento do ônibus. Ele pega a carta, mas não a abre, guarda na bolsa e segue o seu caminho. Quando chega em sua casa, ele vai para seu quarto e começa a ler a carta que dizia:
“A vida parece não ter sentido, a gente passa a vida inteira procurando uma maneira de ser feliz e quando finalmente encontra, ela se vai para sempre e te deixa a deriva desse mar cruel, cheio de ondes que é a vida. Meu amor que eu prometi amar por toda vida agora já não fica mais junto de mim, ele se foi, mas eu vou me encontrar com ele hoje á noite e sei que toda essa dor que eu sinto ira passar.
Ass.: Alice ”
Calos leu varias vezes a carta mas só depois de muito tempo foi entender que aquilo era uma carta de despedida para o mundo, que aquela bela moça,