Câmbio não derruba dinamismo exportador
20/03/2006 - 09h15
CÂMBIO NÃO DERRUBA DINAMISMO EXPORTADOR.
No câmbio desde o começo de 2003, a moeda Brasileira, o “REAL”, começou a desvalorizar perante o DÓLAR. Esse movimento foi acentuado a partir do meio de 2004. Desde então o REAL se valorizou e atingiu um nível recorde de Valorização. Apesar dessa valorização do REAL nesse mesmo período o Brasil conseguiu aumentar suas exportações com taxas recordes, isso fez com que o país conseguisse também um saldo comercial recorde. As exportações e o saldo cresceram acima de quaisquer previsões, apesar da valorização do câmbio. A despeito desses crescimentos recordes, cada vez mais foram surgindo preocupações sobre a continuidade desse dinamismo exportador. A valorização do cambio tem como conseqüência sobre a economia uma perda de competitividade dos produtos brasileiros frente aos demais produtos de outros paises do mundo. Essa perda de competitividade pode ter influências negativas sobre a expectativa e as estratégias de longo prazo dos agentes exportadores, alem disso ela também influencia um eventual potencial de exportação de setores que ainda não participam do mercado mundial, mas tem perspectiva de fazê-lo. Outro ponto que se destaca é o impacto do câmbio valorizado sobre a rentabilidade em reais e seus conseguintes impactos sobre os balanços patrimoniais das empresas exportadoras. Muitas destas empresas possuem contratos de exportação de médio a longo prazo, o que faz com que fiquem aprisionadas nas cadeias de comércio internacional. Muitas vezes estas empresas preferem continuar suas relações comerciais estabelecidas (uma vez que a credibilidade, a confiança mutua na continuidade dos contratos é um elemento essencial para o estabelecimento de parcerias comerciais internacionais), mesmo que incorrendo perdas de rentabilidade. Tais perdas na medida em que se prolongam deterioram a situação financeira das empresas, o que afeta diretamente a meio