Custos logísticos
Os trabalhos que estudaram custos logísticos podem ser divididos em alguns grupos principais. O primeiro envolve os trabalhos que estudaram o custo logístico do ponto de vista de alguma atividade logística isolada, como transporte e armazenagem, por exemplo. Nesta linha, pode-se citar o trabalho de Afonso (2006), que buscou caracterizar e descrever a estrutura e a composição dos custos de transporte em todos os modos de transporte de cargas, bem como identificar os itens de custos de maior peso e seus impactos no nível de serviço ofertado.
Banomyong e Beresford (2001) exploraram as várias alternativas de rotas de transporte e métodos disponíveis para que os exportadores de Laos - um país do sudeste asiático sem acesso direto ao oceano - vendessem seus produtos para a União Europeia. Os autores utilizaram um modelo de transporte multimodal para verificar as alternativas de rotas, utilizando as seguintes variáveis: custo, tempo, distância, modo de transporte e transbordo.
O estudo de Ângelo (2005) realizou um levantamento dos custos referentes à atividade de transportes e considerou os seguintes fatores de custo: frete, seguro de carga, perda da carga, ICMS, armazenagem em terminais, estoque em trânsito e transbordo. Este é o estudo que mais se aproxima do objetivo desta dissertação. Além das variáveis consideradas por Ângelo (2005), este trabalho irá analisar os custos portuários e demonstrará o impacto dos custos tributários na competitividade da soja, considerando, além do ICMS, o PIS, o COFINS e o ISS.
Outra linha de pesquisa foca a adaptação de sistemas de custeio correntemente utilizados para custear atividades fabris à avaliação dos custos logísticos de empresas. Nesta linha, a maioria dos trabalhos aplica o método do Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing - ABC). Amaro (2002) utiliza o ABC aplicado ao gerenciamento da logística e do comércio exterior e aplica o seu modelo em uma empresa do ramo madeireiro. O trabalho de