Curva abc e gestão de compras - pesquisa
O tratamento adequado de todos os recursos (humanos, tecnológicos, financeiros, patrimoniais e materiais) de uma empresa é, sem sombra de dúvidas, uma das maiores preocupações dos gestores na atualidade. A escassez de recursos e a concorrência estimulam as empresas à busca de alternativas para a otimização de sua logística de suprimentos, que é responsável pela disponibilização de todos os insumos necessários à produção.
O trato com fornecedores – sua seleção, desenvolvimento e manutenção – é missão importante a ser bem cumprida. Mas, determinar “o que” manter em estoque e identificar os SKU (item mantido em estoque), determinar “quando” reabastecer (cobertura de estoque), “quanto” requisitar (tamanho do lote), acionar o processo de abastecimento pelo departamento de compras e produção, manter acuracidade (inventários), retirar itens obsoletos (saneamento dos estoques), entre outros pontos, são tarefas ligadas à gestão de estoques que se apresentam fundamentais hoje em dia.
Neste contexto, uma das ferramentas que auxiliam a definir, como tratar os itens em estoques em uma empresa para suportar decisões na área de gestão é a Curva ABC.
O principio básico da curva ABC é a regra de Pareto, muito conhecida como regra 80 – 20. No final do século XIX, este italiano, desenvolveu um estudo para verificar o comportamento da distribuição de renda da população. O resultado foi à constatação de que a riqueza estava concentrada em uma pequena parcela da população, mais exatamente na proporção de 80% da riqueza sendo acumulada por 20% da população.
Algum tempo depois, após a 2ª Guerra Mundial, F. Dixie, engenheiro da GE, aplicou o princípio de Pareto sobre os itens existentes no estoque da empresa. O resultado da pesquisa não foi surpreendente: 8% dos itens em estoque representavam aproximadamente 75% do valor do estoque no período estudado. E, 67% dos itens, apenas 5% do valor, o que comprovou o princípio de forte concentração