Currículo

Ao observar a etimologia da palavra currículo, verifica-se que ela deriva da palavra latina scurrere e apresenta vários significados como: ato de correr, atalho, pista de corrida. Daí surge a compreensão do currículo escolar como um caminho, um curso ou uma listagem de conteúdos que devem ser seguidos. Nessa perspectiva, o termo está intimamente vinculado à ideia de sequencialidade e de prescrição.

O currículo é o instrumento por meio do qual a escola realiza o seu processo educativo. Não é fruto de uma escolha técnica e neutra. É fruto de relações de poder, de prioridades e escolhas articuladas a um determinado modelo de cultura, a uma visão particular de homem e sociedade, a determinados valores.(ALBUQUERQUE, 2008)

Quando se pensa no currículo, chama-se atenção a sua característica de retratar os valores, comportamentos e habilidades que se almejam desenvolver nos educandos por meio dos processos de ensino e aprendizagem. Este, portanto, ao ser construído, deve levar em consideração o contexto, social, cultura, histórico e político do qual estudantes fazem parte, caso contrário reproduz as ideologias das classes dominantes e torna-se insignificante para os sujeitos envolvidos nos espaços escolares.
Dentro dessa perspectiva, o currículo deve levar em conta as condições reais nas quais um projeto educacional vai ser realizado, situando-se justamente entre as intenções, princípios e orientações gerais e a prática pedagógica. É função do currículo evitar o hiato entre os dois extremos; o de plano de estudos e o de programa de ensino. É necessário e urgente pensarmos num currículo que atenda a realidade dos educandos de uma determinada localidade, que seja construído a partir do Projeto Político Pedagógico, a fim de que a escola não os forme para a submissão e passividade e sim para a ação crítica e a participação social.
O currículo é, portanto, o principal instrumento da escola, para a promoção de uma educação de qualidade, mas para isso é necessário