currículo pedagógico de Locke

O século XVII é uma época em que os antagonismos estão em seu apogeu: capitalismo versus feudalismo; absolutismo vs liberalismo; nobreza vs burguesia; educação de orientação religiosa vs educação de orientação leiga (com princípios da cultura humanista, voltada principalmente para o estudo do grego e latim). Este período tem profundas transformações nos cenários políticos, econômico, social, intelectual, educacional e pedagógico.

Destacando o cenário intelectual, as transformações na filosofia partem de novas teorias: racionalismo e empirismo, correntes filosóficas totalmente opostas mas que atuaram em conjunto para desbancar a filosofia escolástica. Outra corrente filosófica moderna é o liberalismo, defendido por John Locke, a qual tem como princípios: a liberdade individual; o indivíduo tem o direito de pensar o que quiser e de exprimir o que pensa como quiser; o indivíduo é mais importante que o coletivo (não se deve sacrificar os interesses individuais belo “bem comum”). Essas modificações refletem-se no pensamento educacional e pedagógico elaborado e proposto por Locke.

O século XVII é marcado pelo fim do Renascimento que procurou resgatar os valores da Antiguidade Clássica Greco-Latina, e ainda pode-se encontrar durantes este período resquícios das ideias educacionais e pedagógicas do Humanismo – a imitação dos antigos escritores, dos artistas clássicos greco-latinos e a valorização do estudo do grego, do latim e das artes liberais, compostas pelo Trivium (gramática, lógica e retórica) e pelo Quadrivium (aritmética, astronomia, geometria e música).

O tipo de educação, proposta pelas teorias de tais movimentos, denominada de escolástica caracterizava-se por ser: a) memorista: exercício da memória através da memorização de textos clássicos em grego e latim; b) classista: valorizava muito o estudo da língua grega e do latim; d) livresca: baseada única e exclusivamente naquilo que está escrito nos livro; d) punitiva: valoriza-se o castigo corporal para