Currículo como processo vivenciado na escola
A escola privilegia a elite dominante e é um instrumento de manipulação do Estado, a fim de reproduzir as relações sociais favorecendo a preservação do poder existente.
Embora a figura do diretor sugira que é ele quem elabora e determina o quê e como pais, alunos e professores devem fazer, ele, o diretor também segue regras que são determinadas pelos órgãos que gerenciam a educação, a secretaria de educação, delegacia de ensino.
A escola impõe regras hierárquicas de modo autoritário, na pretensão de acostumar os alunos ao comportamento que exige a sociedade, o mercado de trabalho.
A escola pretende criar crianças e jovens obedientes às regras, disciplinados, organizados, evitando o questionamento, sem senso crítico, nenhuma autonomia e sim submissão.
Até no que diz respeito as disciplinas do conteúdo curricular são ensinados de forma manipulada, decorando fórmulas, regras e cálculos ao invés de buscar compreender, assimilar o conhecimento, aprender a apreender.
É-nos introduzida a cultura também de forma manipulada, tendo como valorosa a cultura imposta e as demais formas culturais são inferiorizadas.
Tudo em busca de reproduzir a sociedade capitalista, usando a escola como Aparelho Ideológico do Estado, de forma castradora da sociedade, dominação da população, à serviço dos interesses da classe dominante.
Precisamos rever a condição da escola, vê-la como uma instituição social, ativa na luta de classes, à favor da igualdade. Assim, usa-la como instrumento de transformação social, promovendo a participação da comunidade em geral, sejam professores, funcionários, pais e alunos, todos participantes da elaboração as propostas pedagógico, assim como participar da execução e não apenas aceitar o que lhes é imposto, determinado.
A ‘Democratização da Escola Pública’, que Demerval Saviani se refere, é esta integração entre comunidade e escola,