curriculos
“Os homens nascem livres e iguais em direitos; as distinções sociais não podem ser fundadas a não ser na utilidade comum”.
Pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a Assembléia Constituinte estabelece os direitos básicos dos franceses: igualdade perante a lei e a obrigação do Estado de defender os direitos “naturais” dos cidadãos, como a liberdade e a propriedade. A modernidade chega definitivamente à vida social.
“Quando um povo é obrigado a obede-cer e o faz, age acertadamente; assim que pode sacudir esse jugo e o faz, age melhor ainda, porque, recuperando a liberdade pelo mesmo direito por que lha arrebataram, ou tem ele o direito de retoma-la ou não tinham o direito de subtraí-la.”
Jean-Jacques Rousseau, filósofo fran-cês, 1712-1778
Números
Em 1789, a população da França alcança 25 milhões de habitantes, sendo 20 milhões de camponeses. A nobreza constitui 1,5% da população total. Paris conta com 500 000 habitantes, dos quais 110 000 são indigentes.
“Nobres, vós sois o flagelo da sociedade, como sois também o inimigo da Pátria. Vossos exemplos e vossa moral levaram os costumes a um grau de corrupção nunca antes atingido. Para satisfazer, não vossas paixões, mas vossas fantasias, vós os transgredistes ao ponto de vos permitir comportamentos cujo preço é o cadafalso.”
Panfleto anônimo, igual a milhares de outros em circulação, acusando a nobreza de corrupção, amoralidade, decadência.
Os sans-culottes são os novos personagens da cena política. Sem os “culottes” e os perfumes dos nobres, eles são os amigos da Revolução: humildes artesãos, empregados pobres do “fauborg”, usam a lança, o sabre e o fuzil para livrar a Revolução dos seus inimigos e exigir a verdadei-ra igualdade entre os cidadãos.
Números
No início da Revolução, a posse útil da terra na França estava assim distribuí-da: 45%,