curriculo e interdisciplinaridade
Um mapa
Desde a penúltima década do século XVI, o conceito de currículo ampliou-se e diversificou-se no campo educacional, chegando-se hoje ao amplo conceito cunhado por Williams (1984): currículo como a porção da cultura – em termos de conteúdos e práticas (de ensino, avaliação,etc)- que, por ser considerada relevante num dado momento histórico, se tornou escolarizada. Assim, ao estudar cada configuração curricular e cada teoria sobre currículo, nas últimas três décadas, há uma certa convivência entre uma ampla tendência de estudos curriculares internalistas e uma outra tendência de estudos externalistas. A primeira, engloba o que acontece dentro da escola, nesse caso, as perguntas que mais se fazem são: “o que?” referente aos conteúdos curriculares e “como fazer” referente à metodologia com a qual trabalha-se esses conteúdos. A segunda tendência procura enxergar o currículo sob uma perspectiva externa, seja em termos históricos, econômicos, culturais, políticos, etc, com a finalidade de abastecer-se de conhecimentos que são produzidos em outras áreas e que serão úteis para um melhor funcionamento do currículo.
Com a troca de perguntas – de “o que ensinar?” ou “para que serve?” – que se inauguraram novas práticas de investigação e que se criou um novo registro para a teorização curricular, que se ocupa em perguntar, analisar, criticar. Este pequeno mapa traçado no texto, servirá a perspectiva do autor ao examinar outra linha de estudos curriculares, que produziu e ainda produz desdobramentos muito importantes no meio educacional.
O programa
O que o autor denomina programa do movimento pela interdisciplinaridade através da análise de vários textos que tratam desse assunto nas últimas décadas, observa-se que há uma formação discursiva coerente e que se estabelece em dois eixos: O primeiro, de fundamentação, está articulado num discurso filosófico (epistemológico) que parte de uma estrutura humanista crítica. O