Curriculo real, oculto e prescrito
Lunardi (2004) define currículo como um campo de atividades envolvendo múltiplos sujeitos em diferentes instâncias, cada um com tarefas específicas. Segundo Saviani (2003), as “práticas curriculares” são como um conjunto de propostas emitidas pelo governo assim como por meio da “leitura” realizada destes discursos pela escola através de seus sujeitos. Ao longo do tempo os currículos evoluem e muitos fatores podem ser retirados ou criados, como por exemplo, novos conteúdos podem ser incorporados, seja por causa de evoluções da ciência acadêmica ou até mesmo por vontade de reformular os métodos de ensino.
No âmbito escolar, é destacada a coexistência de três tipos de currículo, sendo eles: Currículo Real e Currículo Oculto, e o Currículo Prescrito.
Currículo Real:
O currículo real é o currículo idealizado pela prática do professor, ou seja, é experimentado é a reação dos alunos ante ao que está sendo aprendido, compreendido e retido pelos mesmos. A característica marcante deste currículo é a contextualização dos conteúdos e o que efetivamente se passa em sala de aula.
“É o currículo que fato acontece na sala de aula em decorrência de um projeto pedagógico e um plano de ensino. É a execução de um plano é a efetivação do que foi planejado, menos que neste caminho de planejar e do executar aconteça mudanças, intervenção da própria experiência dos professores, decorrente de seus valores, crenças e significados. (Libâneo, p.172)”
Contudo, esse currículo não se encerra na concretização do planejamento. Ele sofre a influência das reações e das iniciativas dos alunos, fazendo com que o professor, às vezes, tenha que ter o seu trabalho improvisado em sala de aula. Perrenoud (1995) afirma que:
[…] O currículo real nunca é a estrita realização de uma intenção do professor. As actividades, o trabalho escolar dos alunos escapa parcialmente ao seu controle, porque, no seu percurso didáctico, nem tudo