Curdos na Siria
Os curdos são conhecidos por serem a maior nação do mundo sem o seu próprio país, com cerca de 30 milhões de pessoas. É um grupo ético que domina a região leste da Síria e o oeste iraquiano. Uma parte da população se declara como muçulmano sunita, outra como Yazidi. Uma pequena parcela é composta por cristãos e Alauitas.
Os curdos possuem políticas progressistas, e defendem entre outras pontos a igualdade sexual, permitindo a presença de mulheres tanto na policia quanto nas forças de combate. Isso faz com que seus ideais sejam muito diferentes do que aqueles que predominam na região do Oriente Médio. Eles defendem a criação de um Estado democrático e ocidental, o Curdistão.
O que começou como um levante do exercito de libertação contra o regime opressor de Assad, acabou por criar um cenário propicio para a mobilização curda na Síria. Esse movimento se assemelha com o que aconteceu no Iraque, com a 1ª Guerra do Golfo, que possibilitou a criação do estado autônomo curdo no país. Lá, a província curda faz parte do Estado, e recebe subsídios do governo iraquiano além de parte do faturamento do petróleo explorado em suas terras.
Os curdos na Síria têm demonstrado a sua capacidade e vontade de ser uma voz alternativa no meio da turbulência na região. Desde que o conflito sírio se intensificou e se transformou em uma guerra civil, o movimento curdo, liderado pelo PYD (Partido União Democrática) tomou o controle da maior parte da região curda no país. Em Novembro de 2013, a PYD anunciou que tinha terminado todos os preparativos para a declaração de autonomia, e uma constituição chamada de Carta de Contrato Social foi proposta. Nesse cenário, o Curdistao se tornou no meio dessa guerra civil, uma ilha de estabilidade e independência. O que impede essa região de se tornar um pais é justamente a opressão do resquício do regime de Assad, e a luta contra o estado islâmico em suas fronteiras.
O PYD insiste em formar uma alternativa para todos e não perseguir