CURARE
A grande maioria das cirurgias realizadas atualmente sob anestesia geral, emprega um grupo de medicamentos que tem por objetivo produzir relaxamento muscular. Essas substâncias são os bloqueadores neuromusculares, ou substâncias curalizantes, porque elas se derivam do curare.
O curare como os índios denominavam é um grupo de plantas empregadas na caça com o objetivo de imobilizar os animais, ou seja, possui efeito paralisante.
A história do curare começa na segunda metade do século XVI, quando os primeiros exploradores europeus levaram para a Europa informações e amostras deste veneno para os serem feitos os 1ºs estudos do mesmo. A informação levada pelos exploradores era que o animal envenenado pelo curare podia ser comido pelos índios sem nenhum efeito tóxico. Primeira demonstração que os índios nos deram de conhecimento farmatológico. O curare era ativo quando aplicado através das setas, hoje é ativo por via parenteral, por injeção, mas não produz efeito quando ingerido por via oral, pois desta forma os curares não são absorvidos.
Existem relaxantes musculares semelhantes ao curare, como a ‘sucililcolina’que é um medicamento sintetizado que causa paralisia em contratura, diferente do curare natural, que causa paralisia em relaxamento. Para testar o seu mecanismo de ação paralisante, foram feitas duas experiências em animais utilizando o curare.
1º: experiência feita com uma rã utilizando o curare natural.
Na parte posterior da coxa direita, separou-se o nervo ciático da artéria de vascularização da pata. No nervo ciático foi ligado um eletrodio de estimulação, onde foi feita uma ligadura em massa para impedir a circulação sanguínea para a extremidade distal da pata. Na coxa esquerda, separa-se o tendão do músculo gastrocnêmio, seciona o tendão e é ligado um fio para registrar as contrações do músculo gastrocnêmio. Os nervos ciáticos foram ligados e nas extremidades distal foram colocados estimuladores eletródios conectados a estimuladores