Cunha
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Escola de Educação
Curso de Pedagogia – 2012.1
Disciplina: Escola e Diversidade
Texto: Bonde do mal: Notas sobre território, cor, violência e juventude numa favela do subúrbio carioca
O texto trata em primeiro lugar da duplicidade de papéis existente entre os moradores mais ou menos próximos das praias cariocas e busca "tentar compreender que outras visões, desenhos e representações da cidade e de seus moradores foram produzidos por um grupo de jovens moradores de uma favela localizada em uma região marginalizada da cidade [do Rio de Janeiro]: Vigário Geral" (p. 86). A partir do "Arrastão" de outubro de 1992 a autora dá início à sua análise, na qual desconstrói o estereótipo democrático da praia carioca, desvelando alguns dos sinais que constituem seus "pedaços". Do território praia a autora passa a analisar a territorialização a partir das narrativas das "galeras", passa então a descrever as sutilezas da justaposição de territorializações e o rearranjo das fronteiras para a constituição de "galeras" jovens que frequentam os bailes funk.
O texto apresenta a visão tanto dos moradores (entende-se pelos cidadãos que moram mais próximos a praia) quanto a dos frequentadores (cidadãos que moram mais distante da praia) e a partir disso podemos observar que existe uma nítida separação não somente social mas também territorial do espaço que era considerado democrático, a praia. Esse fator está diretamente relacionado ao posicionamento social e as afinidades existentes entre os mesmos.
A partir desse relacionamento são construídas expressões relacionadas à cor e à raça. Termos como negro, mais escuro, preto, mulato, farofeiro ou termos vexatórios, como crioulo, é relacionada a afinidades existentes entre os interlocutores, à posição social, à faixa etária e a valores, como respeito e autoridade. Como se pode ver, os termos, teoricamente falando, têm aspectos