Cultura
Niterói
Dezembro, 2008
Introdução:
O objetivo deste ensaio é discutir, embora de maneira não aprofundada, os conceitos de cultura, diáspora, hibridismo e multiculturalismo e evidenciar como a identidade se insere na cultura, mostrando as visões de dois teóricos, Canclini e Stuart Hall.
O primeiro conceito é o de hibridação cultural, que segundo Canclini (2006, p.285), a fragmentação da sociedade e da identidade coopera para o desenvolvimento das culturas híbridas, formando novas culturas que misturam elementos das culturas popular, culta e massiva.
a) Teleparticipação Partindo da idéia de que a cidadania é praticada pela teleparticipação e que as culturas estão intimamente relacionadas com redes nacionais e transnacionais de comunicação; temos vários povos desde indígenas, campesinos, cidades interioraranas e o urbano - culturas eletrônicas, arte contemporânea, músicas dos mais variados segmentos – convivendo em grande sintonia, em um amplo exemplo de hibridismo. (grifo meu – considero povos campesinos, interioranos os que estão cerca de onde vivo e indígenas os que ultimamente estão lutando pelas suas terras e sendo apresentados em telejornais e notícias periodísticas nos últimos meses, não generalizo, ou ‘mundializo’ pois sei que há muitos povos que nem acesso a um simples rádio AM/FM têm).
B) Descolecionar
Antigamente na Europa era costume haver coleções de livros, quadros, músicas e tais pessoas que tinham acesso a esses conjuntos eram chamadas de cultas e se diferenciavam das que não possuíam tal acesso. Uma das manifestações desta hibridação cultural é o folclore.
Sabemos que o folclore nasceu do colecionismo e atualmente podemos ir a um estabelecimento comercial e adquirir uma obra de arte e um artesanato, e a mania de colecionar “já não é do nosso tempo”, afirma Canclini.
A questão que se coloca, então é: O que é antigo é o que é atual?