cultura
O outro tema, que eu acredito ser o foco do curta, são as consequências e efeitos do capitalismo na sociedade. Poucos com muito e muitos com pouco. A liberdade tão sonhada e apreciada pelos seres humanos é posta à prova quando envolve dinheiro, que pode ser uma algema para uns e um passaporte para outros. O filme propõe uma reflexão a partir do poder que o dinheiro tem na vida das pessoas, a ponto de tirar a sua liberdade. Esta é outra situação com a qual as sociedades e os governos não sabem lidar. Assim como o lixo é excluído, essas pessoas também são. Vivem à margem, sem (ou com pouquíssimas) oportunidades, devido à falta de dinheiro. Isto, pois o dinheiro é rei no mundo capitalista. Como o dinheiro foi criado pela humanidade, temos aqui um exemplo perfeito da máxima do filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”.
Relacionando conflitos sociais, ambientais, econômicos e culturais, Ilha das flores sai da zona de conforto para provocar reflexões sobre individualidade, liberdade, opressão, exageros, desperdício, sonhos. Com uma narrativa rápida que não muda de tom, o filme questiona a racionalidade da espécie