cultura
Doutora em História Social – FFLCH USP.
Professora das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires.
Para entender a história... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume jul., Série 13/07, 2011, p.01-06. (disponível em: http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/07/o-conceito-de-cultura-um-produto-social.html).
O conceito de Cultura: um produto social e historicamente construído.
Em um sentido histórico-antropológico contemporâneo, considera-se que, seja por obra do “espírito universal” ou para produzir as condições materiais de vida, o Homem mantém, aperfeiçoa, modifica, traduz, recria sua existência produzindo cultura. A relação entre História e Cultura foi estabelecida teoricamente na obra de Georg Hegel, quando afirmou que a razão humana se manifesta por meio das instituições religiosas, artísticas, científicas, sociais, políticas etc. Segundo ele, em cada tempo e lugar, essa razão se apresenta de uma forma específica, modificando-se em um processo contínuo, de acordo com as determinações do “espírito universal”.
Karl Marx também discutiu o tema, mas contrapondo-se a Hegel. Para Marx, a relação entre história e cultura dá-se não pelas escolhas dos homens, mas devido a condições concretas e pré-determinadas, estabelecidas no processo de produção da sobrevivência. Assim, as próprias instituições sociais e intelectuais seriam organizadas pela forma como, em cada época, estrutura-se a economia, e não pelas determinações do “espírito”, como propôs Hegel. Não obstante as controvérsias teórico-filosóficas, ambos situaram a relação lógica e dialética entre tempo histórico e produção cultural, indicando que compreender a cultura é essencial para compreender o mundo.
Cultura e cultura erudita.
De modo geral, quando se afirma que alguém possui “cultura”, isso quer dizer que esse alguém tem um “conhecimento maior” do que o possuído por outras pessoas, que “estudou muito”, que teve acesso a uma “educação formal”.
As definições