Condutividade Em termos gerais, a condutividade total σ de uma fase homogénea de um electrólito polimérico, a uma dada temperatura T, é dada por: ii i inq(T) =µσ ∑ (7) onde n i é o número de transportadores de carga do tipo i, q i, a carga de cada um e µi, a sua mobilidade. Sendo esta propriedade constituída pela soma das contribuições devidas aos electrões e aos iões, é importante para um electrólito que a sua condutividade electrónica, seja o mais baixa possível no seu domínio de estabilidade redox, de modo a excluir o risco de auto-descarga quando aplicado numa bateria. De um modo geral, a condutividade electrónica de um electrólito deverá ser pelo menos cinco ordens de grandeza mais baixa que a sua condutividade iónica. Na prática, os electrólitos poliméricos têm preenchido com facilidade este requerimento. O comportamento de um material numa dada aplicação depende não da condutividade, mas sim da condutância, G, propriedade esta que está correlacionada com a primeira pela constante de célula, l/A (dependente da configuração da célula de medida), através da expressão: σ = Gl/A (8) onde l é a espessura da amostra e A, a área específica. Deste modo, os electrólitos poliméricos são considerados bons materiais candidatos para aplicação numa bateria, mesmo que a sua condutividade iónica seja apenas de 10 -4Scm -1. Este valor que parece baixo quando comparado com os típicos de soluções aquosas, uma vez que o electrólito polimérico possui integridade mecânica suficiente para ser usado na forma de um filme com espessura de 10 a 100 µm, a separação eléctrodo/electrólito, l, na bateria, é muito menor que no caso da utilização de um electrólito líquido. A condutância, é assim por cada cm 2 de superfície do eléctrodo, de 10 -1-10 -2S, correspondendo a uma resistência interna de 10-100 Ω. Podem obter-se deste modo para baterias poliméricas, energias específicas (tanto gravimétricas Capítulo I -64- como volúmicas) potencialmente muito mais elevadas