cultura
A busca de felicidade e prazer no lazer não impede e nem limita a capacidade de desenvolvimento pessoal e social do ser humano, ao contrário, é fator determinante e tem objetivos que vão além do conformismo e consumo vazio, oferecendo oportunidades de mudanças no plano cultural. Dessa forma, o lazer vai além, transcende o desenvolvimento pessoal (eu comigo mesmo), para o social (o outro comigo). Para que essa possibilidade tenha validade é necessária uma valorização da sociedade nessa direção, com uma vivência de lazer com valores que possam questionar essas relações pessoais e sociais de forma a mudá-las.
Nesse sentido, a animação sociocultural ligada a Educação Física, como alternativa operacional de atuação do profissional, no campo do lazer, pode fazer muita diferença.
Como as atividades físico-esportivas mobilizam um grande número de pessoas, e a área da Educação Física estuda o ser humano em movimento, almeja a compreensão desse humano diante de suas ações e procura fazer com que o movimento seja intencional e ainda tenha significado para quem o executa, a presença desse profissional é imprescindível e insubstituível na relação entre o adulto e o lúdico no tempo de lazer. Assim, a intervenção da Educação Física é ampla e muito importante desde que o profissional reconheça os diferentes tipos de corpos e atue a partir da intencionalidade dos movimentos, contando também, com o diálogo entre diferentes profissionais, que dominam outros conteúdos culturais, ou áreas de relação com o lazer.
Segundo Carvalho (1977), a função da animação seria: 1. proporcionar maior compreensão das pessoas em relação ao mundo que as cerca; 2. maior compreensão da sociedade em que o indivíduo se encontra; 3. uma preparação mais extensa diante as mudanças de comportamento da sociedade e de tudo que a cerca. Assim, o profissional que se especializa em um tipo de grupo específico tem maior possibilidade de levá-lo à compreensão do mundo, das pessoas e