Cultura e suas teias
Sob o aspecto frontal do conceito de cultura, podemos citar que Rousseau revela um entendimento sensível e perene da noção geral de cultura, e pressupõe a necessidade do impulso próprio no processo de autoprodução.
Na concepção Aristotélica, cada indivíduo é possuidor de uma arte própria, como uma garantia adquirida para a sua autonomia.
Examinando o conjunto das artes, Aristóteles oferece um método ótimo para pensarmos de maneira discreta e a ideia de cultura como produção própria e autônoma. Este ato de produção desencadeia o processo de autonomia que cada vez mais sustentará a definição de cultura (ROUSSEAU, 2002, P.209).
Sob a ótica transversal ao conceito de cultura, considera esta como a capacidade que o homem possui de transformar o mundo, a cultura é vista, ela mesma como uma grande arte. Essa ideia faz com que o homem não seja apenas o produtor das atividades que transformam o mundo. Ele também é transformado, entre outras coisas, por essa certeza de que a finalidade do mundo é a sua própria finalidade, uma construção da cultura atualizada por meio da fala. (GADAMER, 2003, p. 628).
Desde modo a cultura pode ser apreciada como resultado da produção humana segundo a liberdade, ou o próprio processo de autoformação do homem. Em outras palavras a cultura é a capacidade de transformar o mundo em que vive e o mundo a seu redor.
2. Separe a visão da cultura da compreensão popular.
Em uma composição mista acrescentam na descrição de cultura a historia, as ciências, as festividades e os modos particulares de atividades, salvaguardados no caráter de cada povo; entretanto, isso representa apenas um modo de expressão cultural, e não a cultura propriamente dita.
O termo (cultura popular) é frequentemente usado para identificar uma forma de cultura oposta à outra forma. A cultura popular pode referir-se tanto a artefatos individuais (muitas vezes tratados como textos), como uma música popular ou um programa de televisão, quanto ao estilo