Cultura e Identidade
Cada povo, cada sociedade se identifica por costumes, ritos, alguns mitos, crenças e sua maneira de viver. É difícil que exista um povo que não tenha identidade. Por mais simples e imperceptível que seja ela existe e está diretamente ligada a cultura desenvolvida por esta sociedade.
“Identidades culturais são aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso “pertencimento” a culturas étnicas, raciais, lingüísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais” (Hall, 2000, 8).
Numa sociedade, a maneira de ser, de se comportar, de agir, e de ritualizar foi elaborada lentamente e funciona de modo quase inconsciente. Esse modo de viver é o que conhecemos como cultura, “um sistema de agir e interagir, um sistema de crenças, valores de organização artística, científica e educacional, social, política, bem como de atividades econômicas” (Carvalho, 2003, 96).
Entende-se então que são valores, costumes, maneiras, conhecimentos, situados geográfica e temporalmente, ou seja, dentro do contexto histórico, é um espaço de construção do simbólico.
Segundo Carvalho (2003), palavra cultura designa, ao mesmo tempo, o modo de vida cotidiano de uma sociedade (o saber comum) – questão que será abordada com mais profundidade neste estudo – e também a vida intelectual e artística (saber erudito) do indivíduo. É importante ressaltar que uma está fortemente ligada a outra pois o indivíduo não se forma apenas com uma ou outra cultura, e sim com o complemento das duas, pois segundo a autora, o saber comum (a vida cotidiana) seria o espírito do povo a que pertence esse homem, e o pensado (erudito) nasce do impensado (saber comum), onde o primeiro retira sua essência.
Sendo assim, pode-se dizer que a cultura nasce das diferentes relações da pessoa com o ambiente que a rodeia. Relações estas com: a natureza, onde o espaço natural se transforma em um espaço cultural. Com ela mesma, quando descobre e aceita as características próprias e ouve a consciência. O