Cultura sustentavel
Todo e qualquer ser humano tem cultura. Esta é uma das poucas “verdades absolutas” da Antropologia. Apesar da afirmação parecer óbvia, não é, pois muita gente ainda pensa que alguns seres humanos não têm cultura. Outros acreditam que só eles a possuem. Uma minoria, mas de grande poder financeiro e social, crê, firmemente, que sua cultura é superior a dos outros. Por isso, eles se julgam melhores e superiores. Talvez, devido à essa ideia que se pretende dominante, uma grande maioria acostumou-se, ou foi acostumada, a pensar que não tem cultura alguma. As instituições educacionais, em geral, são mestres em desqualificar suas próprias definições. Pensam cultura como algo grande, amplo, abrangente e universalizador e a praticam de forma pequena, residual, excludente e corporativa4. É muito comum se ouvir “este é um problema cultural”, quando alguém quer se referir a algo que não sabe bem o que seja ou quando é uma questão de difícil solução, ou quando não se quer dizer nada.
O grande desafio que o país enfrenta é pressão que desenvolvimento exerce sobre as estruturas tradicionais brasileiras, sejam sítios urbanos de valor cultural, sítios arqueológicos, assentamentos indígenas; sejam as populações tradicionais, seus conhecimentos e práticas.
O crescimento do consumo, da inovação e do entretenimento dinamiza a indústria cultural no Brasil, entretanto, refletindo a tendência mundial, esse é um setor de forte tendência à concentração. Mais uma vez, depara-se, de um lado, com a oportunidade de reforço de setores mais dinâmicos da indústria cultural como o audiovisual, a música, o design e, de outro, com sérias limitações de distribuição, acesso e de mão-de-obra qualificada quando se trata de setores com maiores exigências