cultura surda
De acordo com Viana (1996, p. 84):
O canal auditivo do surdo é compensado pelo superdesenvolvimento do canal visual. Diante dessa realidade, exigir que o surdo aprenda a linguagem pela linguagem verbal é castrador e desrespeitoso para com a pessoa, o ser humano que é diferente e, portanto, necessitam de veículos de informações diferentes, mecanismos facilitadores do seu aprendizado.
Desta forma, pode-se compreender que a aquisição da linguagem e o desenvolvimento cognitivo do deficiente auditivo estão diretamente ligado ao apoio visual que receba, associado a todos os outros estímulos; entretanto, o apoio visual cinestésico exerce maior influencia no desenvolvimento da sua linguagem.
A partir deste pressuposto, conclui-se que, na criança surda, a aprendizagem para ser igual a da criança ouvinte, necessita de abordagens específicas. O efeito será igual ao do ouvinte, mas o tempo gasto será muito maior, mesmo que essa criança seja estimulada desde os primeiros meses.
A filosofia da comunicação total tem como principal preocupação os processos comunicativos entre surdos e surdos e entre surdos e ouvintes.
Os profissionais que seguem a comunicação total percebem o surdo como uma pessoa, e a surdez como uma marca que repercute nas relações sociais e no desenvolvimento afetivo e cognitivo dessa pessoa.
A filosofia da comunicação total acredita que somente o aprendizado da língua oral não assegura pleno desenvolvimento da criança surda, esta filosofia defende a utilização de qualquer recurso lingüístico, seja a língua de sinais, a linguagem oral ou códigos manuais, para facilitar a comunicação com as pessoas surdas.
A Comunicação Total, como o próprio nome diz, privilegia a comunicação e a integração e não apenas a língua. O aprendizado de uma língua não é o objetivo maior da comunicação total.
Esta forma de comunicação é denominada de bimodalismo, pois é um dos recursos utilizados no