Cultura surda e identidade
A cultura é aprendida socialmente, é o conviver de um determinado grupo, em comunidades, que compartilham valores, regras de comportamento e tradições; os surdos com o passar dos tempos, foram criando sua própria cultura centrada principalmente em sua forma sinalizada de comunicação e este vínculo linguístico que liga fortemente os membros desta comunidade, dividindo sentimento de orgulho e vendo a surdez como um estilo de vida e não como uma ‘deficiência auditiva’, é a maneira com que eles vêem e entendem o mundo tornando o acessível, a cultura surda é vista como a identidade dos surdos. De certa forma, a influência das maneiras dos ouvintes prejudica a construção da identidade surda, dividindo-se em diferentes categorias. Levando em conta os fatores sociais, familiares, existem categorias de identidades surdas, pois há diferenças entre os surdos. As pessoas que têm identidade surda plena, geralmente são filhos de pais surdos, têm consciência surda, são mais politizados, têm consciência da diferença e têm a língua de sinais como a língua natural e usam recursos e comunicações visuais. Entre essas categorias existe também a identidade surda de transição que são os surdos oralizados, filhos de pais ouvintes que aprendem a se comunicar através da leitura labial e descobrem a comunidade surda mais tarde. Já os que possuem identidade surda flutuante são aos surdos que não têm contato com a comunidade surda, normalmente seguem a representação da identidade ouvinte e ás vezes demonstra resistências à língua de sinais e a própria cultura surda. A identidade surda Híbrida refere-se os surdos que nasceram ouvintes, mas por algum motivo ou doença, perderam a audição e usam a língua oral ou língua de sinais. A identidade surda é construída dentro de uma forma diferente de ver o mundo em uma cultura visual, é interativa e social, existem diferentes categorias para cada tipo de surdo, como foi descrito algumas delas acima, sendo que essa