Cultura sobre capitalismo
Inicialmente a cultura significava cultivo, cuidado. Seja com agricultura ou adorando Deuses e o sagrado. Com o passar do tempo, seu significado foi se modificando, até que no século XVIII, a palavra cultura era relacionada ao conceito de civilização. Logo a cultura passou a ser vista como um conjunto de praticas (artes,ciências,técnicas,filosofia,ofícios) que permitiu avaliar e hierarquizar as sociedades. A cultura passou a ser sinônimo de progresso, uma civilização poderia ser avaliada por sua cultura, conforme o pregresso que ela traga. Esse conceito de cultura reapareceu no final do século XIX, quando se constitui um ramo das ciências humanas, a antropologia ou estudo do homem. No início da constituição da antropologia, os antropólogos mantêm o vínculo entre o conceito de cultura e o de evolução. As sociedades passaram a ser avaliadas segundo a presença ou a ausência de alguns elementos que são próprios do Ocidente capitalista; e a ausência foi considerada sinal de falta de cultura ou de uma cultura pouco evoluída. Que elementos eram esses? O Estado, o mercado e a escrita. Em seguida, todas as sociedades que desenvolvessem formas de troca, comunicação e poder diferentes do mercado, da escrita e do Estado ocidentais foram nomeadas como "primitivas". Apenas na segunda metade do século XX os antropólogos abandonaram essa perspectiva, iniciando-se à antropologia social e à antropologia política, sendo que cada cultura é vista como singularidade, uma individualidade própria, dotada de uma estrutura especifica. Nesse momento o termo cultura ganha uma abrangência que não possuía antes, passando a significar o campo das formas simbólicas. A partir desta idéia que