Cultura nas organizações públicas
A cultura organizacional, independente do conceito ou da abordagem que se utilize, é composta de diversos elementos e níveis. Cada autor divide e conceitua a cultura a partir de seu ponto de vista. Alguns dividem em diversos níveis, outros não falam em níveis, apenas em elementos. Importa, entretanto, buscar compreender evidentemente o maior número de elementos que permitam a compreensão de forma mais ampla possível do conceito e o que ele representa. Hofstede (2003) fala tanto de elementos da cultura, como de níveis de cultura. Além disso, ainda atribui ao indivíduo o pertencer a diversos níveis de cultura em função do grupo, religião, nacionalidade, sexo, trabalho ao qual pertença (HOFSTEDE, 2003:25). Schein fala de níveis de cultura e quais elementos compõem cada um dos níveis identificados por ele
(SCHEIN, 2004:26). Aktouf (1994) valoriza as representações mentais na cultura, tendo como elementos mais importantes os símbolos e os mitos. Para ele “a cultura organizacional é sustentada e mantida por elementos constitutivos indispensáveis, em especial pelo mito”
(AKTOUF, 1994:52). Enquanto Dupuis (1996) acredita que a cultura precisa ter como base as práticas sociais, o contexto onde estas práticas ocorrem (estrutura) e os significados destas práticas. Por fim, podemos citar Kotter e Heskett (1992) que pensam a cultura em termos de níveis. Para estes a cultura tem apenas dois níveis os quais eles definem como nível de visibilidade e nível de resistência à mudança, o nível menos visível.
Quando se divide em níveis visíveis e invisíveis, artefatos visíveis, valores, camadas de cultura, estes autores estão deixando para a compreensão que estes elementos são visíveis e podem ser “trabalhados” como outra variável qualquer dentro da organização. Este é mais um ponto de colisão entre antropólogos e administradores.
Schein (2004) dividiu a cultura em três níveis de compreensão: a) nível dos artefatos
visíveis: