Cultura grega
O teatro era muito apreciado na Grécia. As apresentações duravam oito horas diárias, e se estendiam por dois ou três dias seguidos. Periodicamente, eram realizados concursos de pecas. Esses torneios chegavam a reunir de 15 a 20 mil pessoas. A construção de locais para exibição das pecas estava muito adiantadas. O teatro de epidauro, por exemplo, tem uma acústica tão boa que um assistente sentado na última fila da arquibancada consegue ouvir até os sons mais baixos, como o crepitar de uma chama no palco.
As filas para se entrar nesses locais começavam a se formar no dia anterior da exibição e atravessavam a noite. Foram registrados casos de mulheres que deram a luz enquanto esperavam para ver uma peca. As obras eram de dois tipos, a comédia e tragédia. Essa divisão perdura até os nossos dias.
A história começou a ser estudada como ciência pelos gregos. Heródotos, natural da Ásia menor, escreveu o primeiro livro da história com fundamentos científicos e baseado em pesquisa. Tucídides, de Atenas, um militar, redigiu um eficiente relato da Guerra de Peloponeso.
Xenofonte preparou as Helênicas, uma história dos gregos até o século IV a.C.
Os gregos se dedicavam também a oratório. Falar em público era muito importante na sociedade grega. Um dos oradores mais célebres foi Péricles. Outro foi Demóstenes, gago até a adolescência. Corrigiu seu problema falando com a boca cheia de sementes ou pedrinhas tentando discursar mais alto do que o barulho das ondas do mar. Demóstenes foi o autor das Filípicas, uma obra contra o rei Filipe a Macedônia, que invadiu a Grécia.
A filosofia foi o