cultura do estupro
Tempos modernos. Desenvolvimento tecnológico. Cura de doenças. Evolução do homem. Estupro de mulheres. Opa! Como assim? Deve haver algo de muito errado por aqui. Estupro de mulheres, ainda recorrentes [recorrentes,] mesmo num mundo “civilizado”?
Muito tem-se discutido a respeito da violência sexual (ato sexual perpetrado sem o consentimento da vítima), principalmente contra mulheres. Admitiu-se até a possibilidade da culpa ser da própria vítima, que através de roupas curtas e provocantes, incitaria os homens a tal ponto que, incapazes de se controlarem, atacariam-nas.
Afinal, alguns argumentam que a mulher é estuprada quando escolhe uma vestimenta provocante, que a mulher está dando direito ao homem de praticar a violência. Essa forma de pensamento é totalmente descabido [descabida] e completamente sem fundamento, pois a maioria das mulheres que é estuprada usam [usa] roupas consideradas normais. O fato da [de a] mulher escolher uma vestimenta que mostre um pouco mais seu corpo deve fazê-la sentir-se valorizada e bela, e não humilhada e objetificada, como no caso do estupro.
Além do mais, estupros são condenáveis (e condenados) mesmo em culturas onde mulheres expõem seus seios ou outras parte do corpo. A “permissão” ou o “convite” para o homem pegar a mulher a [à] força está na mente doente e atrasada dele mesmo.
Ora, a própria noção e [de] civilidade implica no [o] controle dos impulsos humanos mais primitivos, tais como a vontade de machucar o vizinho porque olhou pra sua mulher, o desejo de pegar para si algum objeto pertencente a outrem e, é claro, a vontade de fazer sexo com alguém, mesmo (e especialmente) contra sua vontade. Quando esse controle não ocorre, voltamos, sim, ao estado primitivo da era dos homens das cavernas. E em uma sociedade em pleno séc. [século] XXI, tal retrocesso nos padrões de comportamento são inaceitáveis e absolutamente prejudiciais para a convivência pacífica (e desejável)