Cultura do consumo
Não é novidade que vivemos na cultura do consumo, pois o sistema em que estamos inseridos já traduz esse cultivo, o capitalismo. Como o próprio nome já demonstra, somos seres que vivemos em torno do capital, enquanto fim, daquilo que ganhamos quando estamos trabalhando, que seria o meio, e que iremos gastar ou acumular até... a morte.
No artigo Cidade do Lazer: expectativa do prazer eu pude entrar em contato com elementos que circundam o meu dia a dia e que me incomodam imensamente, que é a forma que nós temos de sermos felizes. Esta forma sempre me pareceu muito limitada e restrita, e pude constatar que ela realmente pode ser dependendo de nossas escolhas e percepções. Podemos simplesmente olhar em nossa volta e observar, tanto nos objetos de consumo, como nas estratégias que incitam esse consumo e em nós consumidores, quanto nossas escolhas estão atreladas a nossa própria vontade ou a simples alimentação do sistema? Sempre penso que quando consumo algo é por que estou escolhendo aquilo que me gera prazer, mas conhecendo a análise da Kátia Flores, me possibilitou visualizar que existe uma história social da construção das cidades que rodeiam essa perspectiva do consumo gerador de felicidade que como ela diz “perturbam a reflexão” e quer tornar a felicidade algo que pode ser alcançado através do consumo.
Então surge a questão, será possível realizar o ócio sem consumir ou mesmo preencher o tempo livre com a verdadeira livre escolha? Nesse momento penso no meu pai, que apesar de viver na cidade do lazer, tem princípios rígidos de consumo e elabora seus momentos laborais de acordo com sua formação socialista e exerce cargos políticos em busca de um ideal social, como algo que lhe gera experiências de satisfação e prazer ou mesmo em seus momentos livres como ir à fazenda e plantar ou criar peixes.
Enfim, acredito na perspectiva da vida hipermoderna como uma grande evolução tecnológica, porém de cautela quanto à busca da