Cultura de Resistência
Cultura de Resistência
O documentário “Cultura de Resistência” lançado em 2010 é uma obra de Lara Lee, produtora e cineasta brasileira de ascendência coreana. Lee é uma dos fundadores da Caipirinha Productions, empresa que produziu o longa e tem como finalidade explorar diferentes formas de expressão artística, como a música, cinema e arquitetura. Os trabalhos feitos pela cineasta e pela fundação midiática dão suporte a projetos que visam a pacificações de regiões em conflito.
A obra da cineasta está inserida nesse contexto e retrata as condições sociais e culturais de diversos países que sofrem com a violência. Nele, pintores, músicos e dançarinos ao redor do mundo tentam mudar o lugar em que vivem e para isso usam a arte como meio de buscar a paz e justiça.
Ao mostrar a realidade de cada local, o documentário cita alguns eventos históricos que transformaram o cenário da vida humana e o que os levou a sofrer essa violência. Essa transformação é citada na obra “A Sociedade em Rede” de Manuel Castells. O autor diz que alguns acontecimentos, principalmente no século XX remodelaram a sociedade em ritmo acelerado. Como exemplo, pode ser citado a Guerra Fria, que alterou o a geopolítica global, permitindo que o capitalismo ascendesse e a desigualdade e a miséria - fortemente relatada no filme - aumentasse.
Essas mudanças proporcionaram meios para que acontecesse também uma Revolução da informação e consequentemente, o que Castell chama de capitalismo informacional. Segundo ele, esse capitalismo faz com que, devido ao excesso de informação na rede e no mundo, as pessoas reagrupem-se em torno de identidades primárias, pois precisam se entender como parte de um organismo social. Podemos identificar esses agrupamentos em vários países mostrados no documentário, como monges da Birmânia que realizam uma revolução pacífica e as milícias da Nigéria que travam uma revolução armada.
O escritor do livro afirma que quando a comunicação se rompe,