Cultura de Goias
Vestígios Arqueológicos em Goiás
Arqueologia: estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais.
Arqueólogo: é o profissional especializado em pesquisar e estudar antigas civilizações através de resquícios rochosos reconhecidos como monumentos históricos não escritos. Os arqueólogos são reconhecidos como cientistas que se baseiam em pedaços de cerâmica, obras de artes, fóssil e variados objetos antigos para fundamentar teorias a respeito de civilizações extintas.
Serranópolis, no sudoeste de Goiás: Possuem abrigos rochosos que estão bem conservados os testemunhos da ocupação milenar. São camadas densas de cinzas, carvão, restos alimentares originários da caça animal e da coleta vegetal, milhares de instrumentos lascados em pedra e seus refugos de produção, além das sepulturas dos moradores falecidos. As paredes dos abrigos estão cobertas por pinturas e gravuras, que não só identificavam os espaços ocupados, mas também os tornavam domésticos e habitáveis.
A partir delas pode-se dividir a ocupação em três períodos bem distintos: o primeiro vai de 9.000 a 6.500 anos a.C. e se caracteriza como de caça generalizada; o segundo, de 6.500 a.C. até o começo de nossa era, continua sendo de caça generalizada, com aumento de coleta de moluscos terrestres e da pesca; o terceiro, a partir de 500 d.C. até a chegada do colonizador branco, acrescenta à caça e à coleta, o cultivo de plantas tropicais. Todos os sucessivos povoadores continuaram usando como sua moradia os mesmos abrigos rochosos.
Nos abrigos de Serranópolis os restos de alimentos de origem animal e vegetal, que formam o lixo abandonado, são muito abundantes e bem conservados, permitindo perfeita identificação. Apesar de os grandes animais do tempo da última glaciação ainda estarem vivos e existirem na região, não há nenhum vestígio deles no lixo alimentar. O que existe são restos de animais de tamanho médio e pequeno, como veados, carnívoros