CULTURA COMO OBJETO DA ANTROPOLOGIA
A criminalidade e a violência, como fenômenos sociais que são sempre existiram e sempre existirão no mundo, todavia nunca foram em tão grande intensidade quanto hoje, por dois motivos: pelo aumento natural da população e pelo aumento da agressividade humana. O que mais nos interessa, no momento, é saber por que o homem está se tornando mais agressivo, especialmente contra os seus próprios semelhantes. Outra afirmação que pode ser feita é a da constatação de que a criminalidade e a violência não são doenças por si próprias, mas sintomas de uma doença social. A sociedade é que está doente, nada valendo para a sua melhora o tratamento dos sintomas sem cuidar das causas profundas do mal. A repressão pura e simples, experimentada de várias maneiras (pena de morte, trabalhos forçados, escarmentos e torturas, detenções e reclusões) nada adianta porque atinge somente os sintomas externos e não chegam às causas profundas, que estão nas causas biológicas, sociológicas e mesológicas. O ponto crucial desta ideia se encontra no fato de que a sociedade precisa se conscientizar de que não depende apenas do Estado a promoção da segurança, pois é responsabilidade de todos colaborar, cada um com o que for possível, buscando a paz e o fim da violência e da criminalidade. Além disso, já está claro na sociedade atual que ficar à mercê do Estado e suas iniciativas não está sendo suficiente para o fim da criminalidade.
A solução do problema do aumento da criminalidade e da violência no Brasil e no mundo somente será obtida com modificações completas na administração pública, com uma política de