cultura brasileira
ESCRAVIDÃO, CULTURA E MODERNIDADE: A HERANÇA CULTURAL DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL.
MARCELLO MEDEIROS
RIO DE JANEIRO 19 DE ABRIL DE 2013.
Uma atividade altamente lucrativa para os comerciantes portugueses no século XVI era o fornecimento de mão de obra escrava necessária ao trabalho nos engenhos, instituído o tráfico negreiro, desenvolvido sobretudo na costa ocidental. Chefes tribais capturavam negros de tribos inimigas e, com os traficantes, trocavam os homens presos por bebidas, armas, tecidos e enfeites. Os negros aprisionados viajavam para o Brasil em navios chamados de tumbeiros, durante 40 dias e em precária situação: amontoados, acorrentados, mal alimentados e sob péssimas condições de higiene. Por mais de trezentos anos, cerca de cinco milhões de africanos foram encaminhados à força para o Brasil e submetidos à escravidão. A escravidão foi uma prática que ocorreu em diversos períodos, e por vários povos. Porém, a que teve mais destaque, foi a escravidão dos negros, principalmente após a descoberta da América. A partir daí, se iniciou o comércio de homens, mulheres e crianças entre as Américas e a África, o tráfico negreiro durante o período colonialista. No Brasil, a escravidão se iniciou com os índios, mas eles não eram aptos ao trabalho. Mas a verdadeira história mostra que os índios possuíam reações perigosas ao trabalho escravo, o que dificultava a organização da economia colonial, comprometendo os interesses mercantilistas da metrópole, que tinham como objetivo a acumulação de capital. O trabalho escravo é muito associada a fazendas ou carvoarias, ainda existem muitos casos. Mas a indústria têxtil por ser um setor dinâmico, que tem uma parte considerável ancorada em oficinas de costura que se utilizam largamente da mão de obra escrava. O Ministério do Trabalho e o Ministério Público têm feito um