Cultura Brasileira / valdo Vannucchi
A Revolução Gloriosa foi uma revolução, em grande parte não-violenta (por vezes chamada de "Revolução sem sangue"1 ), que teve lugar no Reino Unido em 1688-1689, na qual o rei Jaime II, da dinastia Stuart, católico, foi removido do trono de Inglaterra, Escócia e País de Gales, sendo substituído por sua filha, Maria II e pelo genro, o nobre neerlandês Guilherme, Príncipe de Orange.
Durante o seu reinado de oito anos, Jaime II tornou-se vítima da batalha política entre católicos e protestantes, bem como entre os direitos seculares da coroa e os poderes políticos do Parlamento.
O principal problema de Jaime II era não ser protestante, o que o limitava perante ambos os partidos do parlamento - os tories, conservadores, e os whigs, liberais. Qualquer tentativa de reforma tentada por Jaime era vista como suspeita.
Jaime II foi perdendo seu prestígio por algumas políticas consideradas indesejadas, como a criação de um exército permanente e sobretudo a tolerância religiosa, procurando reconduzir o país para o catolicismo, e fortalecer seu poder, em prejuízo do Parlamento.2 3 Desde Henrique VIII, os católicos eram discriminados. Embora Carlos II, irmão e predecessor de Jaime, também tivesse praticado a tolerância religiosa, ele era tão abertamente católico quanto Jaime II.
A questão degradou-se em 1688, quando teve um filho, Jaime Francisco Eduardo Stuart, conhecido como the old pretender. Até ali, o trono teria passado para a sua filha protestante, Maria. A perspectiva de uma dinastia católica tornara-se então real. Líderes do partido Tory, até aqui leais ao rei, uniram-se aos membros da oposição Whig e propuseram-se a resolver a crise.
Foi lançada uma conspiração para depor Jaime e substituí-lo por sua filha Maria e seu marido Guilherme de Orange, ambos protestantes. Guilherme liderava a Holanda, então em guerra com a França: a Guerra da Grande Aliança. Vendo a hipótese de adicionar a Inglaterra à sua aliança, Guilherme e Maria desembarcaram em