Cultura ambiental nas organizações e os elementos de estrutura
Ø Conceito
Na atualidade as empresas são cada vez mais pressionadas a assumir uma sustentabilidade corporativa que pressupõe uma redefinição de objetivos integrando as dimensões econômica, social e ambiental em suas estratégias empresariais; a urgência dessas modificações está diretamente vinculada aos processos que o planeta está sofrendo em função da intervenção humana, em particular as mudanças climáticas que afetam a todos indistintamente.
As mudanças que as empresas deverão fazer para se adaptar a uma nova realidade de desenvolvimento, incorporando o conceito de sustentabilidade, tem implicações diretas no âmbito interno dessas organizações e que formam a estrutura visível para o restante da sociedade. No âmbito interno, o conjunto de elementos tangíveis e intangíveis que a constituem conformam o que se convencionou denominar cultura organizacional. E é nesse âmbito que se deve focar qualquer análise de mudanças corporativas, como as que preconizam a necessidade de um maior envolvimento social e ambiental das empresas, como apontam alguns trabalhos recentes no Brasil, entre os quais de Aligleri et al (2009); Shigunov Neto et al (2009) e Guevara et al (2009).
Há diversos modos de análise da cultura corporativa. Uma das formas é o exame da coerência comportamental dos indivíduos que compõe a empresa em relação a alguns aspectos dessa cultura. Nesse sentido, podemos considerar que uma cultura ambiental constitui um aspecto da cultura de uma empresa, ou seja, está contida dentro da cultura organizacional. A ela pertencem todos os hábitos e costumes, conhecimentos, e o grau de desenvolvimento científico e industrial relacionados com o meio ambiente. Ou seja, a cultura ambiental é um conjunto de comportamentos sociais, fundamentados no valor “meio ambiente”, que se constitui em um sistema de significados e de símbolos coletivos segundo os quais os