cultura afro
Chamamos de cultura afro-brasileira, manifestações culturais no Brasil que sofreram alguma influência da cultura africana desde os primórdios da colonização até a atualidade.
A presença de africanos chegou, em sua maioria, ao Brasil através do tráfico negreiro, que trouxe para o País de 4 à 5 milhões de africanos na condição de escravos.
Em Santa Catarina, após a Lei Áurea em 1888, já não haviam mais cativos, ao menos legalmente. Em 1892 foi composto o hino do Estado de Santa Catarina, o qual sintetizou o pensamento liberal e republicano do final do século 19, cuja proposta era o tratamento igualitário entre brancos e negros.
Embora como estratégia de controle, os africanos fossem forçados a aprender a língua dos colonizadores, tivemos, no país, falantes de vários troncos linguísticos e de diversas etnias africanas que estão registradas na língua nacional. Podemos destacar palavras como: moleque, lambança, maluca, mochila, cafuné, neném, que são originárias da cultura africana.
Em Santa Catarina, a presença de palavras africanas no vocabulário também é observado. No modo de falar dos moradores de Florianópolis podemos citar alguma como: banzo, cambada, cafundó, calombo, entre outras.
As barreiras impostas aos grupos negros visavam dificultar sua mobilidade social. Entretanto, havia certos espaços aceitáveis em que o negro poderia transitar. Entre eles, a música e a poesia eram as poucas brechas dispostas no sistema para a sua inserção social. Um exemplo, é o poeta João da Cruz e Souza, era Filho de Guilherme da Cruz, mestre pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, lavadeira, ambos negros e escravos, alforriados por seu senhor, o coronel Guilherme Xavier de Sousa. Do coronel, o menino João recebeu o último sobrenome e a proteção, tendo vivido em sua casa como filho de criação.
As bandas musicais, além de sua função artística, também serviam como instrumento melódico aos atos governamentais. As apresentações davam-se em dias