Cultivo de Rucula
A área explorada com hortaliças no Brasil é estimada em 800 mil hectares, com produção de aproximadamente 16 milhões de toneladas. Esta atividade gera 2,4 milhões de empregos diretos e renda superior a 8 bilhões de reais (HORA et al., 2004). Na região Sudeste do Brasil é produzido cerca de 60% das hortaliças, sendo que no Estado de São Paulo a atividade gera empregos a aproximadamente um milhão de pessoas (CAMARGO FILHO, MAZZEI, 2001).
A rúcula é uma hortaliça folhosa de porte baixo, altura de 15 a 20 cm, com folhas relativamente espessas e subdivididas; o limbo tem cor verde-clara e as nervuras verde-arroxeadas. Produz folhas ricas em vitamina C e sais minerais, principalmente cálcio e ferro. É mais conhecida nos estados do Sul do Brasil, e embora ainda pouco consumida no Nordeste, começa a ganhar o seu espaço próprio na forma de saladas (FILGUEIRA, 2003). As sementes são muito pequenas, possuindo em um grama cerca de 650 sementes. (CAMARGO FILHO, MAZZEI, 2001).
Pertencente à família Brassicaceae, sendo três espécies de rúcula utilizadas no consumo humano: Eruca sativa Miller, que possui ciclo de crescimento anual, Diplotaxis tenuifolia (L.) DC. e Diplotaxis muralis (L.) DC., ambas perenes (PIGNONE, 1997).
Deve-se ressaltar que as principais cultivares de rúcula apresentam diferenças quanto ao tipo de folha, que podem ter bordas lisas até bastante recortadas (MORALES, JANICK, 2002; SALA et al., 2004).
O seu cultivo comercial tem aumentado nos últimos anos em muitos países da Europa, sendo consumida principalmente como salada. Além do seu uso na alimentação, também é considerada planta medicinal com muitas propriedades, tais como: digestiva, diurética, estimulante, laxativa e antiinflamatória, além de ser fonte de vitamina C e ferro. No Paquistão, tipos especiais de E. sativa são cultivadas para produção de sementes, que são usadas para extração de óleo, rico em ácido erúcico, componente importante na indústria