Culpa e Vergonha
Há, na verdade, duas formas de culpa ou de vergonha: uma real e outra imaginária.
A primeira cresce diretamente na nossa consciência – nos sentimos culpados porque fizemos algo que vai contra nossos princípios, ou prejudicamos alguém e ficamos envergonhados. A culpa imaginaria resulta de algumas situações que não foram causadas por nós, pelas quais não somos responsáveis. Precisamos olhar para nossa culpa e vergonha, para poder distinguir essas situações. Precisamos assumir o que é verdadeiramente nosso, e esquecer o que não é.
Seguem-se seis coisas importantes para nos lembrarmos sobre a vergonha:
1. A vergonha é um sentimento penetrante de inutilidade. A vergonha é diferente da culpa; não é uma simples reação ao nosso mau comportamento. A vergonha é, muitas vezes um sentimento crônico de inadequação, de vazio e de dúvida em relação a nós próprios.
2. A vergonha tem muitas vezes origem na infância e na adolescência, vinda de um sistema familiar doentio. A criança ou adolescente acredita que as críticas que a família lhes faz são plenamente justificadas e cresce a acreditar que ele ou ela não tem qualquer valor ou utilidade. Somos impotentes em relação aquilo que aprendemos em crianças.
3. a vergonha pode também ser uma consciência da adcção. A incapacidade de para ou de controlar um comportamento adictivo levo-nos frequentemente à desvalorização pessoal.
4. os sentimentos intensos de vergonha resultam em comportamentos derrotistas tais como, afastamento social, isolamento e em comportamentos adictivos, tais como não parar de comer, jogar compulsivamente ou beber excessivamente. Portanto, a vergonha representa um fator de risco para a recaída.
5. A vergonha envolve geralmente um juiz interior que nos exige um comportamento rígido e que nós envergonha quando não conseguimos cumprir essas exigências. A vergonha balança muitas vezes entre as expectativas perfeccionistas e a auto-condenação. O “juiz interior” representa de