Cuidar do codependente ajuda na recuperação do dependente.
Trabalho apresentado como complementação de carga horária do Curso “Dependência Química – Abordagem e Tratamento”, realizado no Centro de Estudos Avançados de Psicologia (CICLO-CEAP), ministrado por: Ana Luiza Prates da Costa e Anderson Eilert Rodrigues, em Belo Horizonte – MG, em setembro/outubro-2009.
INTRODUÇÃO
O trabalho diário há mais ou menos quatro anos, com dependentes e seus familiares tem me proporcionado satisfação e entusiasmo, despertado o interesse em aprender mais, ajudando-os a encontrar opções para uma vida melhor e mais saudável e, quando não o consigo, saber orientá-los sobre onde buscar mais ajuda, considerando que essa missão compete a profissionais de múltiplas áreas. Observa-se, no entanto, que é muito restrito o número de profissionais interessados e devidamente capacitados para atuarem na dependência, mais ainda na codependência, ou seja, com os familiares dos dependentes, considerando-se, ainda, que esses dependentes possam estar em tratamento intensivo, sob regime de internação ou em tratamento de manutenção, sob regime ambulatorial. Visto, ainda, de outro aspecto, esse despreparo e desinformação possibilitam a que alguns profissionais e instituições vendam vários tipos de pseudo-tratamentos que, além de infundados, são muito desumanos. Dentre esses poucos profissionais devidamente habilitados, uma parcela menor ainda, têm conhecimento da rede de apoio disponível, tanto para o dependente quanto para o familiar e é nesse particular que pretendo colaborar, sugerindo os nomes de instituições idôneas que há muito vêm prestando sua colaboração, não profissional, mas a título de voluntariado, na recuperação e ressocialização dos marginalizados pela dependência e seus sofridos familiares. Antes, porém, é interessante mostrar como dependência e codependência se entrelaçam num intrincado jogo, sem que se conclua onde e como se iniciou. Podemos, por um estudo genealógico, constatar que ele existe em