Cuidados pós- operatório em cirurgias de revascularização do miocárdio
Os resultados da cirurgia cardíaca estão relacionados aos fatores de risco pré-operatórios e ao adequado manejo da homeostase durante e após o procedimento cirúrgico. A literatura dispõe de diversas metodologias e escores para avaliação de risco e previsão de resultados, fornecendo ferramentas para a avaliação da qualidade do serviço e o desenvolvimento de estratégias de contínuo aperfeiçoamento (NICOLAU,2010). A cirurgia cardíaca é um procedimento peculiar, já que esses pacientes costumam apresentar resposta inflamatória sistêmica exacerbada, determinando múltiplas disfunções orgânicas. Por este motivo, é fundamental o conhecimento das alterações fisiológicas determinadas pelo estresse cirúrgico, para que se possa manter a homeostase durante e após o procedimento, determinando resultados satisfatórios com mínima morbimortalidade. (BRANDÃO, 2009) Na chegada do paciente à unidade, deve-se proceder a uma abordagem sistemática, com o objetivo de identificar e tratar prontamente o surgimento de disfunções orgânicas. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2009). Inicialmente deve-se identificar o paciente e obter o máximo de informações referentes aos antecedentes pessoais, uso de medicações no pré-operatório e exames complementares. É também fundamental o diálogo com a equipe da área de saúde, para coleta detalhada das intercorrências do intraoperatório. (BRASIL, 2009) Para o cuidado inicial do cliente com IAM deve-se, a menos que existam alergias ou contra-indicações, administrar oxigênio a 2 ou 4 L/min nas primeiras 12 horas ou por período maior conforme prescrição médica; usar máscara ou cateter nasal; providenciar ECG; acesso calibroso hidrolisado; administrar medicações conforme prescrição médica; proporcionar repouso no leito; oferecer dieta de acordo prescrição, normalmente dieta zero nas primeiras 12 horas; monitoração cardíaca e nível de consciência, comunicando qualquer alteração pois