cubatão
Durante o governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, deu-se início a um processo acelerado de industrialização do Brasil e Cubatão, até então, era um paraíso verde. Cercada pela Mata Atlântica, a cidade era rica em recursos naturais e estava estrategicamente localizada: a apenas 40 km de São Paulo, maior berço econômico do país; e do Porto de Santos, o maior porto da América Latina, e por onde entram e saem grandes quantidades de mercadorias. Ou seja, um local perfeito para dar início ao grandioso centro industrial paulista.
Na década de 1960, Cubatão contava com 18 grandes indústrias, sendo uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de produtos químicos. A construção delas aconteceu de forma indevida e invasiva ao meio ambiente. Em 15 anos cerca de 60 Km² de Mata Atlântica havia sofrido a degradação, formando uma clareira que podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar.
Contudo, os governantes da cidade, assim como os empresários, não se preocupavam em reverter a situação, uma vez que a poluição de Cubatão rendia bilhões ao ano, levando a cidade a ser uma das cinco maiores arrecadadoras de impostos do estado, cerca de 76 bilhões de cruzeiros. O município representava 2% de toda a exportação do país.
O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de forma descontrolada, começou a ter consequências catastróficas visíveis e preocupantes. Vale lembrar que a industrialização aconteceu antes da Lei de Controle de Poluição do Estado de São Paulo entrar em vigor (1976).
O ar de Cubatão no início dos anos