Crônicas do alfabeto I - O abc da tecnlogia
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CRÔNICAS DO ALFABETO O ABC da tecnologia
Rodney Caetano Pediram-me para escrever a respeito de texto, leitura e redação – a santíssima trindade da linguagem. A deferência, por certo, deve-se ao fato de que meu ganha-pão é a “palavra”. Por formação e profissão, sou jornalista, uma espécie de operário do texto, sempre martelando letras. Por opção frequento o magistério e o meio acadêmico há muitos anos.
Embora já tenha feito minha estreia em livro, o que não é nenhum olimpo da sapiência, cotidianamente luto com palavras. Valha-me Drummond. Escrever estas linhas, aliás, é estar na rinha. Muque! A despeito do currículo, e talvez por isso mesmo, ainda acredito que o silêncio é de ouro (perdoem o clichê). Em outras palavras, considero bem árdua essa tarefa que me ofereceram. Feitas as apresentações, quero crer que serei lido, provavelmente, por estudantes do ensino superior, gente que quer queira quer não deve dominar a norma culta da língua para dar conta das atividades universitárias. Saber ouvir, falar, ler, interpretar, escrever, aprender, enfim, são as qualidades mais esperadas da parte de um acadêmico.
Nesses tempos de internet em que Steve Jobs acabará sendo canonizado, o aluno que se assenta nos bancos da “facu” pensa que está voltando à Idade Média quando se depara com o constrangimento de ter que ler e escrever..! Caso se enquadre no tipo, tenho uma boa notícia para você. Vamos por parte: o computador e a internet e o que mais vier são ferramentas ótimas para facilitar a vida. No trato da informação são insuperáveis. Mesmo assim esse edifício da Tecnologia da Informação (TI) assenta-se sobre um fundamento deveras antiquado. Sabia? Afirmo também que se trata de uma tecnologia tão arcaica quanto você possa imaginar: – a linguagem.
Isso mesmo, a linguagem. O texto. A leitura. A redação. Essa equipagem evoluiu por milênios. Houve tempo em que ler era só para o clero e a nobreza. Escrever, então, nem pensar. Veio Gutenberg, veio a imprensa,