Crônica - O lixo nosso de cada dia
Professora: Renata Barcellos
Aluna: Elaine Salles
Curso: Pedagogia
O lixo nosso de cada dia
O lixo é um assunto cotidiano em nossa sociedade. Está tão em voga, que foi parar até mesmo na mesa de jantar da família Souza. Enquanto servia a sopa, Dinorah, a mãe, anunciou:
- A lixeira do prédio está com um problema. Até o problema ser resolvido, teremos de descer diariamente o nosso lixo. Uma sacolinha por dia. Cada dia, um de nós será responsável por executar a tarefa.
Pedro, o filho, muito malandro, logo declarou:
- Sou o último da lista!
Estela, a filha, esperta como uma raposa, interveio:
- Nada disso! Somos quatro. Se consertarem a lixeira em 3 dias, você não precisará levar o lixo!
Marcelo, o pai, pacífico e conciliador, opinou:
- Acho que podemos fazer da seguinte forma. Cada um vai separar seu próprio lixo, colocando-o em sacolas individuais. Desta maneira me parece justo, pois cada um estará responsável pelo próprio lixo que produziu. O que acham?
Estela e Pedro sorriram satisfeitos e concordaram. Parecia justo. Dinorah, no entanto, permanecia em silêncio. Havia terminado de servir a sopa a todos e apenas observava, calada, o marido e os filhos.
Marcelo perguntou:
- Dinorah, você concorda, meu amor? Considero acertado desenvolver nas crianças algum senso de responsabilidade e justiça, não acha?
Dinorah nada disse. Concordou com um meneio de cabeça e continuou a tomar sua sopa de legumes.
No dia seguinte, quando a família reuniu-se em torno da mesa de jantar, encontraram a mãe já sentada em seu lugar, com um prato de comida diante de si, fazendo sua refeição, tranquilamente. Não havia mais pratos na mesa.
Marcelo inquiriu:
- Dinorah, o que aconteceu? Onde está nosso jantar?
A mãe, calmamente, pousou o garfo na borda do prato e limpou a boca com um guardanapo. Olhando firmemente nos olhos de Marcelo e com um sorriso nos lábios, respondeu:
- Você me